Bem vindo ao blog

O Blog compartilha informações ambientais e sócio-políticas, dicas de decoração sustentável e divulgação de projetos e eventos relacionados ao meio ambiente. Qualquer dúvida, sugestão ou parceria entre em contato!

Lixões no Oceano

Há pelo menos 5 ilhas de lixo no oceano e uma delas tem tamanho equivalente aos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos! Clique e saiba mais.

Veja a lista de 8 incríveis lagos rosas do planeta

Os lagos rosas têm se popularizado entre turistas e fotógrafos do mundo. Sua cor impressionante ocorre graças a presença de microalgas como a Dunaliella salina que vive em locais com altos níveis de concentração de sal.

O tabagismo e os danos ele que causa à saúde e ao meio ambiente

A fumaça e as bitucas jogadas no chão podem causar danos ao meio ambiente, como a contaminação da água, que pode ocorrer caso a nicotina e as substâncias presentes no alcatrão atinjam lençóis freáticos, rios e lagos

Faça um comedouro para passáros com materiais simples

Clique e veja mais dicas de reaproveitamento.

A importância dos alimentos orgânicos

Produto orgânico é o resultado de um sistema de produção agrícola que não utiliza agrotóxicos, aditivos químicos ou modificações moleculares em sementes. Nutricionista explica qual a sua importância no nosso dia-a-dia.

31 de maio de 2013

O tabagismo e os danos ele que causa à saúde e ao meio ambiente

Hoje dia 31 de maio é comemorado o Dia Mundial Sem Tabaco. Dia lembrado em campanhas não apenas de ongs e institutos de saúde, mas também por empresas e o governo, pois há muitos gastos com tabagistas.
Estima-se que um funcionário fumante, somando suas pausas no trabalho para fumar, trabalhe em média um mês a menos que um funcionário não fumante. Enquanto que o governo brasileiro chega a gastar R$ 338 milhões apenas em internações e quimioterapias para tratar doenças relacionadas com o consumo do tabaco.

Quem é fumante sabe o cigarro faz mal, mas já se acostumou com aquelas imagens de advertência no verso da embalagem e chega a acreditar que nada daquilo vai acontecer com ele.

Vamos ressaltar aqui alguns dos malefícios do cigarro para a saúde.

Existem mais de 50 doenças relacionadas ao consumo do tabaco. O tabagismo está relacionado a:
- 25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do miocárdio;
- 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;
- 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
- 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);
- 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

O tabagismo ainda pode causar:
- impotência sexual no homem;
- complicações na gravidez;
- aneurismas arteriais;
- úlcera do aparelho digestivo;
- infecções respiratórias.

Estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não-fumantes, apresentam risco:
- 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão;
- 5 vezes maior de sofrer infarto;
- 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar;
- 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral.

No Brasil, 23 pessoas morrem por hora em virtude de doenças ligadas ao tabagismo, e 200 mil
por ano (INCA, 2010).

Entre as principais substâncias encontradas no cigarro estão:
Monóxido de carbono, amônia e cetonas.
Nicotina: principal causadora do vício, seu uso contínuo está relacionado ao aumento do ritmo cardíaco, infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, angina, elevação do colesterol ruim (LDL), menopausa precoce, gastrite, úlcera gástrica, enfisema pulmonar, bronquite crônica, doença obstrutiva arterial periférica, tromboangeite obliterante, obstrução progressiva das artérias que pode culminar em amputação, além dos sintomas agudos como irritações nasais, na garganta e nos olhos, tonturas e dor de cabeça.
Alcatrão: é o nome que se dá ao conjunto de substâncias presente no tabaco e que são absorvidas pelo fumante quando ele acende o cigarro. Entre os seus compostos são encontrados cerca de 43 substâncias cancerígenas, entre elas o Benzeno, Polônio, Níquel, Arsênio, Acetato de chumbo,  Terebentina, entre outros gases e metais tóxicos, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Minha vida

Infográfico tabaco do site Minha vida

Para reduzir a inalação de fumaça e alcatrão pelo fumante, os cigarros têm um filtro em uma das pontas. A bituca contém esse filtro e é a parte que sobra do cigarro que foi fumado. Nela ficam acumuladas as inúmeras substâncias filtradas. Dessa forma, a fumaça e as bitucas jogadas no chão podem causar danos ao meio ambiente. Dentre eles destacamos a contaminação da água, que pode ocorrer caso a nicotina e as substâncias presentes no alcatrão atinjam lençóis freáticos, rios e lagos. Filtros de cigarros já foram encontrados no estômago de peixes, aves e baleias que os confundiram com comida. (Revista Ciências do Ambiente Online)

Entramos agora na questão ambiental

Não basta o fumante fazer mal a própria saúde, ele precisa sujar calçadas, ruas e praias e consequentemente contaminar rios, lençóis freáticos entre outros. É muito comum ver nas grandes cidades pessoas que são "lançadores de bitucas", a calçada em frente algumas empresas acabam se transformando em fumódromo e viram cinzeiros, o mesmo ocorre em frente a alguns bares onde existe a lei anti-fumo e nas areias das praias. Hoje em dia em algumas cidades do Brasil a empresa é responsabilizada pela sujeira e pode receber multa de até R$500,00 , assim como o funcionário, mas a aplicação da multa depende do flagrante e como sabemos a fiscalização não existe.  


A desculpa é simples: não encontrar lixeiras (sem contar alguns espertos que jogam bituca acesa em lixeira de plástico, fazendo com que a mesma pegue fogo).
No entanto existe o dever de manter a limpeza da cidade e, como visto anteriormente, evitar que todas a substancias tóxicas presentes no filtro do cigarro contamine as águas e/ou afete animais.
O correto é utilizar um porta bituca, solicitar que a empresa instale uma bituqueira (geralmente deve haver autorização da prefeitura primeiro) ou simplesmente segurar a bituca até encontrar uma lixeira (o ideal é que seja destinada para reciclagem, mas mesmo que seu destino seja um aterro sanitário, ainda é melhor do que deixá-la nas ruas).

Não encontra um porta bituca para comprar? Sugestões de embalagens que podem ser úteis:
Latinhas de lenço umedecido encontradas em perfumarias e farmácias, embalagens de bala ou chocolates ou até aqueles tubos que são dados como lembrancinhas em festas, ou que vem com temperos.
Lembre-se de apagar a bituca caso a embalagem seja de plástico.
Existem hoje vários projetos que possibilitam a reciclagem de bitucas de cigarro, transformando-as em papel reciclado ou adubo. Em Curitiba tem o Programa Bituca Zero da Ecocity; projeto Sementuca desenvolvido por três estudantes da favela Heliópolis em São Paulo; a artista plástica Zaza Jardim presta consultoria para empresas - como condomínios, escolas, bares - para implantação de um processo de reciclagem natural em que os filtros de cigarros irão gerar fungicidas naturais. O programa Bitueco (recebe bitucas armazenadas em garrafas plásticas); Bituca verde que atende empresas e eventos, fornecem bituqueiros modernos e destinam as bitucas para reciclagem; Rede papel bituca também atende empresas e destina as bitucas para reciclagem e produção de produtos ecológicos como agendas, papéis etc. E esses são os programas que achei apenas fazendo uma breve pesquisa, existem muitos outros e mesmo assim tem muita gente jogando bituca no chão entupindo os bueiros das ruas e contaminando rios.

Mas o bom mesmo é parar logo de fumar, vamos ter uma vida longa e saudável , não é mesmo?!!
Para quem fuma repense nos malefícios do cigarro, para quem não fuma mas conhece um fumante, oriente-o a descartar corretamente as bitucas e o incentive a parar.

22 de maio de 2013

Sobre trazer à a vida animais extintos e a pretensão de salvar o planeta

Recentemente um grupo de cientistas decidiram se reunir e criar uma fundação de pesquisa que promete, através de técnicas de clonagem e biologia molecular, trazer de volta à vida animais que entraram em extinção.
O projeto Revive & Restore decidiu desextinguir espécies com base na resposta a três perguntas principais:
  • A espécie é desejada? (É um ícone? Desempenhou um papel ecológico importante? Trazê-la de volta ajudará a responder importantes questões para a ciência?)
  • Seria prático trazer a espécie? (Há quanto tempo se extinguiu? Existem parentes próximos vivendo hoje? Há amostras de tecido ou espécimes conservados para a extração de DNA?)
  • A reintrodução no habitat natural poderia acontecer? (O habitat original está intacto ou pode ser restaurado? As causas da extinção são conhecidas e podem ser corrigidas? As habilidades para a sobrevivência no ambiente natural não precisam ser ensinadas pelos pais? A reintrodução seria viável para a espécie e para o ambiente?).
Abaixo há um vídeo muito esclarecedor em que um dos idealizadores do projeto explica claramente como eles planejam alcançar o objetivo (utilizando termos técnicos) e mostra casos atuais de sucesso, no projeto também há cientistas que planejam recriar ecossistemas. Vale a pena assistir o vídeo até o final.

A questão sobre trazer à atualidade espécies extintas tem se tornado alvo de discussão entre cientistas pois, apesar de muitas espécies terem desaparecido devido as ações do homem, a terra sempre passou por processos de extinção naturais. Mas lendo um texto sobre os prós e contras da extinção de David Shukman da BBC ele conclui que existe um aspecto moral que temos em relação a este assunto. Nós "como espécie mais poderosa do planeta, temos o dever de não obliterar outras, especialmente se isso acontece por pura falta de cuidado.[...] Sentirmos responsabilidade pela sobrevivência de espécies mais fracas seria [como] um indicador de civilização."

Li um post do blog Acidulante que falava para não nos preocupar com o planeta e ser egoísta e acho que realmente isto é algo para se pensar. Afinal muitos ambientalistas levantam uma bandeira para salvar determinada espécie de animal bonitinho, um ecossistema (não seriam todos ecossistemas e animais -mesmo bactérias - importantes para o equilíbrio?), entre outros, mas será que o planeta realmente precisa ser salvo? A terra tem um processo chamado homeostase no qual sempre recupera seu equilíbrio (mesmo que com novas espécies), e, como dito anteriormente, já houve vários processos de extinção naturais. No entanto ao acelerarmos o processo de aquecimento global e extinção de algumas espécies só estamos afetando a nós mesmo, criando doenças, acabando com plantas de caráter medicinal, acabando com nossa qualidade de vida.
Quem realmente precisa ser salvo?
Se pensarmos na nossa sobrevivência neste planeta, estaremos pensando em agir em harmonia com ele. Buscaremos qualidade de vida, cidades, rios e praias limpas e ar puro, pois assim não há proliferação de doenças. Evitaremos desequilibrar habitats e afetar vidas das espécies pois todas participam de uma cadeia e são reguladoras do meio.
Imagem da agencia de publicidade ALMAP BBDO clique para ampliar
No vídeo abaixo George Carlin fala que somos como pulgas no planeta, uma hora ele vai dar uma chacoalhada (Um super vírus ou algum desastre natural), irá se livrar da gente e voltará a se estruturar. Nosso impacto de alguns milhares de anos não é nada perto dos bilhões que o planeta tem de vida.
Quem irá lançar um projeto de clonagem e desextinguir nossa espécie depois de um evento assim?

E você o que acha do projeto Revive & Restore e que animais extintos gostaria de encontrar na natureza? Comente!


20 de maio de 2013

Dicas para fotografar a Natureza

Estes dias estava pesquisando sobre o assunto e achei muitas matérias interessantes, e acredito que essas 7 dicas serão valiosas para alguns amantes da natureza. Também selecionei algumas fotos do fotógrafo Fábio Colombini para deliciar os olhos.

National Geographic Brasil  |  Por: Kátia Arima

Há mais de 20 anos, o paulistano Fábio Colombini tem se dedicado à fotografia, especialmente ao tema natureza: as imagens de animais e paisagens que ele faz ilustram principalmente livros didáticos, voltados à educação e conscientização ambiental.

Formado em arquitetura e urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP), Colombini é autodidata em fotografia e biologia. “Conheço mais de biologia que de arquitetura”, diz. Ele já fez trabalhos nos principais biomas brasileiros. Mas a Mata Atlântica é seu ambiente preferido. “Mesmo tendo sido devastada, a Mata Atlântica sempre me surpreende. É uma biodiversidade impressionante, pois há uma variação de altitude e temperatura que atrai animais de variadas espécies.” Na semana passada exibiu suas fotos no seminário Novas Ideias para o Futuro da Amazônia, evento organizado pelo movimento Planeta Sustentável.

Autor do livro Guia Prático para o Fotógrafo de Natureza (Editora Photos), Colombini dá dicas para fazer boas imagens de animais, plantas e paisagens; confira a seguir.
  1. Acorde cedo: Na maioria dos casos, a luz da manhã ou do fim da tarde é melhor para conseguir boas fotos de natureza, afirma Colombini. “Fotógrafo de natureza precisa acordar cedo, quando a luz é mais suave. Com o sol a pino, as sombras são muito duras, não são bonitas”, diz. É claro que toda a regra tem sua exceção e sob o sol forte é possível conseguir boas fotos de contraste, com brancos e pretos. “Na contraluz, é possível revelar o translúcido ou os contornos de um objeto.”
    Igarapé Tarumã-açu, em Manaus, no Amazonas / Foto: Fábio Colombini
  2. Planeje-se antes de sair para fotografar: Antes de colocar o pé na trilha, faça um planejamento da sua saída fotográfica. Como está o tempo? Qual será o assunto fotografado? Isso ajuda a escolher o equipamento que será levado. E, quando estiver diante do assunto a ser fotografado, tente fazer uma composição interessante. “Não seja impulsivo, busque o melhor ângulo, a melhor luz.”
    Formigas bebendo água no Parque Estadual do Cantão, no Tocantins / Foto: Fábio Colombini
  3. Escolha bem o equipamento para a mochila não ficar pesada demais: Para o fotógrafo amador, Colombini recomenda levar uma lente zoom, que faz o papel de várias. Caso prefira fazer fotos com qualidade máxima, leve três lentes: a grande angular (de 24 ou 28 mm), a macro (80 a 100 mm) e a teleobjetiva (400 mm). “Geralmente, é preciso se deslocar muito, então não leve uma mala muito pesada. ”
    Macaco-barrigudo caçando cupins alados no Amazonas / Foto: Fábio Colombini
  4. Evite sair sozinho para fotografar: Quando for se embrenhar pela mata para fotografar, vá acompanhado – de preferência com outra pessoa que goste de fotografar ou que tenha paciência para acompanhar o seu trabalho. “A tendência do fotógrafo é proteger a máquina, por isso quem escorrega costuma levantar os braços e se machucar mais”, diz. Se acontecer algum acidente, o acompanhante poderá socorrê-lo ou buscar ajuda. Também é preciso tomar cuidado com os animais peçonhentos. “Esteja sempre atento a onde apoia a mão e, quando for andar muito no mato, use uma perneira para proteger-se contra picadas de cobra.” É recomendável também levar celular, GPS ou rádio nas saídas a campo.
    Índio da  tribo indígena Kalapalo caçando na água - Parque Indígena do Xingu / Foto: Fábio Colombini
  5. Não deixe o fundo desviar o olhar do assunto principal: Na hora de compôr uma foto, é preciso garantir que o assunto principal fique em evidência. “Manchas brancas no fundo, por exemplo, distraem o olhar”, diz Colombini.
    Araçari-mulato (Pteroglossus beauharnaesii) / Foto: Fábio Colombini
  6. Não aponte o flash diretamente ao objeto fotografado: O flash é uma luz artificial e dura, por isso nunca aponte diretamente para o objeto fotografado, ensina Colombini. Uma dica do fotógrafo é usar papel vegetal como difusor, para suavizar a luz do flash. O uso de dois flashes, um com a luz mais forte que o outro, pode ajudar bastante também. “Ajuda a diminuir a sombra.”
    Perereca em cogumelos na floresta Amazônica / Foto: Fábio Colombini
  7. Conheça bem o assunto que vai fotografar: Colombini diz que é fundamental obter informações sobre o assunto fotografado. No caso dos animais, por exemplo, é preciso saber o comportamento deles, quais são venenosos, onde eles vivem, para obter boas imagens. “Além disso, o fotógrafo repassa informação sobre o assunto que fotografa.”
    Fábio Colombini na floresta Amazônica / Foto: Carolina Mitsuka
Ainda sobre o tema fotografia, localizei no site Fotos que Falam um curso online básico com dicas e informações essenciais que serão muito uteis em 13 módulos, confira:


MÓDULOS DO CURSO DE FOTOGRAFIA [Clique nos links e para acessar]:
Módulo 1 – Iniciação à Fotografia
Módulo 2 – Modo Manual e Modo Semi-Automático
Módulo 3 – Profundidade de Campo
Módulo 4 – Retratos
Módulo 5 – Reduzindo o Ruído
Módulo 6 – Fotografando em estilos diferentes
Módulo 7 – Composição da Imagem e a Regra dos Três Terços
Módulo 8 – Paisagens: o que fotografar?
Módulo 9 – Aproveitando as Condições Climáticas
Módulo 10 – As Máquinas Fotográficas
Módulo 11 – Congelando a Ação
Módulo 12 – Fotografando Animais
Módulo 13
a) Escrevendo com a Luz
b) Cor da Luz

17 de maio de 2013

Documentário Lixo Extraordinário

Em comemoração ao Dia Mundial da Reciclagem (17 de maio) estou postando para assistir online este documentário que concorreu ao Oscar em 2011. O documentário fala sobre como foi a experiência do artista Vik Muniz ao fazer arte com lixo e transformar a vida de um grupo de catadores do maior aterro sanitário do mundo, Jardim Gramacho, localizado em Duque de Caxias - Rio de Janeiro.
Em 2010 foi premiado no Festival de Sundance. No Festival de Berlim em 2010, foi premiado em duas categorias, o da Anistia Internacional e do Público de melhor documentário na mostra Panorama.
Veja outras premiações no site.


O artista, que nasceu na classe média paulistana, é hoje um dos maiores expoentes das artes visuais no mundo, trabalha com colagens e montagens de materiais diversos para formar retratos.

Vik resolveu chamar a atenção neste documentário para o problemas ambientais (do lixo) e sociais (das condições de trabalho dos catadores de Gramacho). Como forma de dar voz e visibilidade aos trabalhadores do lixo, retratou-os como personagens com montagens gigantes feitas de resíduos do próprio aterro. Os resultados são incríveis!
Há retratos fortemente simbólicos, como de um líder da comunidade semeando no aterro, e de outro encenando a morte do pensador Marat, e uma catadora posando com seus filhos num quadro que lembra uma santa.

Abaixo alguns dos retratos:

Estou postando também a resenha e opinião do documentário que encontrei no site Coletivo Verde Por Dan Lima e Carol Guilen:
"Recentemente eu assisti ao filme, que em mim causou um misto de indignação, vergonha, tristeza e admiração. São sentimentos aparentemente contraditórios, mas você vai entender.

A admiração vem da força que têm as pessoas que são forçadas a viver entre o lixo para sobreviver. Forçadas, isso mesmo. Por falta de condições centenas de pessoas são forçadas a viver no lixo para retirar dele alguma renda. Ninguém em sã consciência escolhe uma vida daquelas. São homens e mulheres que têm forjado no seu íntimo um instinto de sobrevivência muito forte e digno de admiração. Todos os dias aquelas pessoas enfrentam dificuldades para manter a sua dignidade. Repare nos depoimentos que as pessoas preferem aquela vida a se entregar ao tráfico de drogas, ao crime e à prostituição.
A tristeza é um sentimento que aperta o peito de qualquer pessoa normal e com o mínimo de caridade. É muito triste ver homens e mulheres de bem revolvendo lixo como animais, se alimentando em meio ao lixo, ao mau cheiro e a urubus. Isso é muito triste, afinal são seres humanos, pessoas que não tiveram a mesma sorte que muitos de nós.
No filme um dos catadores faz uma brincadeira que reflete muito bem o que estou dizendo e que expõe uma realidade triste e cruel. Quando ele vê a equipe de filmagem ele grita: “Filma nois aqui para o mundo animal”. A desigualdade social é uma das piores formas de degradação moral, social e humana.
Por fim a vergonha. Vergonha de ser brasileiro. Vergonha do Rio de Janeiro. Vergonha de saber que a cidade que trata daquela forma seus cidadãos é chamada de Cidade Maravilhosa. Vergonha de saber que o mundo inteiro assistiu o filme e pôde comprovar como tratamos aqui no Brasil os pobres. Vergonha de saber que o país está gastando uma fortuna de dinheiro nos preparativos da Copa e das Olimpíadas e não gasta um centavo para mudar a vida sofrida dos moradores de Gramacho. No filme o gerente do aterro deixa escapar, na maior naturalidade, o maior exemplo de inversão de valores do papel do Estado que eu já ouvi. Confiram o diálogo entre o gerente e Vik Muniz:

“G – Os catadores tiram 200 toneladas de reciclado por dia.
VM – Por dia?
G – É representativo a uma cidade de 400 mil habitantes.
VM – Caramba !! É mesmo?
G – Aí você vê a importância do catador hoje pra Gramacho é muita. Ele tá aumentando a vida útil”.

A autoridade conta com os catadores para aumentar a vida útil do aterro sanitário. Ou seja o Estado reconhece, oficializa (pois todos os catadores são identificados com coletes numerados), convive e se apóia na miséria humana dos catadores para aumentar a vida útil do seu aterro sanitário. Isso é o fundo do poço!

Gente, o Estado existe para garantir às pessoas uma vida digna e em Gramacho o Estado é conivente com um batalhão de pessoas se debatendo no lixo, acabando com sua saúde em uma realidade terrível e degradante. Isso me causou muita vergonha. Será que o Estado ou as prefeituras não são capazes de retirar aquelas pessoas do lixo? Será que não tem dinheiro para isso?
O lixo é sim uma fonte de renda para muitas famílias mas o Estado pode e deve dar condições para essas pessoas trabalharem com dignidade, em segurança. Onde estão as políticas públicas de coleta seletiva onde o material reciclado já é separado e destinado às cooperativas de catadores? Onde estão os galpões de separação com esteiras e máquinas onde os catadores tem condições de separar o material reciclado? Enfim, são muitas as formas de aumentar a vida útil de um aterro, mas fazer isso sugando a vida de pessoas é uma vergonha."

Em São Paulo, apesar de a maioria das subprefeituras possuírem pelo menos um Ecoponto, a população ainda está desinformada ou pouco interessada com relação à reciclagem, em cooperativas de reciclagem os catadores reclamam constantemente da quantidade de lixo que chega para eles misturado, ou que não pode ser reaproveitado. O governo também dificulta a implantação de mais cooperativas associadas e muitas não tem esteiras, balanças para pesagem e equipamento de segurança. Está mais do que na hora da população e governo mudarem esse panorama.

Leia mais: O que são pontos viciados de lixo e qual a solução para eles?

13 de maio de 2013

Tem medo de subir naquela velha escada? Reutilize-a

Existem formas criativas de reutilizar sua escada em sua casa agregando originalidade ao espaço, criando móveis novos e únicos que arrancarão elogios.
Seja sustentável, Reutilize!
Crie estantes para livros, flores e objetos, sapateiras, prateleiras e decore como a imaginação permitir.
Abaixo diversas imagens para se inspirar

Imagens Desire to Inspire e Pinterest DIY Dreams
Imagens At Casa (com tutorial) e Chá das 3
Imagens HomeMadeSimple, Shelterness, Stylizimo, RedOnline
Imagens House to Home e Pinterest DIY Dreams 
Imagens Raise in Cotton,  Bridalsnob e Ruffled
Veja mais em ScrapHacker

7 de maio de 2013

Caça ilegal pode ter levado a extinção os rinocerontes de Moçambique


A população de rinocerontes em Moçambique foi dizimada há mais de um século pela caça. Recomposta anos atrás, os animais estão mais uma vez perto da extinção no país, por causa do aumento da caça ilegal motivada pela procura de seus chifres na Ásia.
Um especialista disse que o último rinoceronte do país africano já foi morto. O diretor do Parque Transnacional do Grande Limpopo - o único local onde os animais viviam em Moçambique - também afirmou que os responsáveis pelo fim da espécie são os caçadores ilegais. Já o diretor do departamento de Conservação do governo moçambicano acredita que ainda restem alguns poucos exemplares da espécie no país.
Acima, um pesquisador do Zimbábue retira o chifre de um rinoceronte. Foto: WWF / BBCBrasil.com
Guardas Florestais envolvidos com o tráfico
Os elefantes também estão em perigo, segundo Antonio Abacar, chefe da reserva de Limpopo. Seus guardas florestais estariam ajudando os caçadores, e 30 dos 100 funcionários vão prestar depoimento às autoridades em breve.
"Pegamos alguns em flagrante, enquanto guiavam os caçadores por uma área de rinocerontes", disse.
Um guarda florestal preso por cooperar com caçadores na reserva de Niassa, no norte do país, afirmou à TV moçambicana que recebia 2500 meticais (cerca de R$ 160) para guiar os caçadores ilegais a regiões onde vivem elefantes e rinocerontes. O salário médio de uma guarda florestal é entre 2000 a 3000 meticais (R$ 128 a R$ 192) por mês.
Os guardas vão perder seus empregos, mas as consequências jurídicas são mínimas: segundo a lei moçambicana, matar animais selvagem e tráfico ilegal de chifres de rinocerontes e presas de elefantes são considerados delitos leves.
"O sistema legal de Moçambique está longe de ser adequado, e uma pessoa que é considerada culpada só recebe uma punição leve e é obrigada a devolver o chifre", reclama Michael H. Knight, coordenador do Grupo especializado em rinocerontes africanos da Comissão de Sobrevivência da União Internacional para a Conservação das Espécies.

Debate sobre Extinção dos Rinocerontes
Uma reunião do grupo em fevereiro alertou para a possibilidade de haver um único rinoceronte branco em todo o Moçambique e nenhum rinoceronte negro, explicou Knight.
Já Abacar foi mais incisivo: "Já declaramos a extinção dos rinocerontes no Parque Limpopo".
Mas Bartolomeu Soto, diretor da unidade de conservação transfronteira de Moçambique, nega a extinção  "Acredito que ainda temos rinocerontes, embora não saiba dizer quantos".
Segundo a mídia moçambicana, os últimos 15 rinocerontes de Limpopo foram mortos no mês passado, mas oficiais do parque negam esta informação. Soto diz que o engano veio da declaração de Abacar a jornalistas sobre não ter visto um rinoceronte nos três meses desde que começou a chefiar o parque.
O único número oficial para mortes de rinocerontes é o de 17 carcaças encontradas no parque em 2010, segundo Soto. Ele disse que a caça ilegal está acontecendo porque chifres e presas são frequentemente apreendidos nas fronteiras de Moçambique, embora parte do contrabando pode vir de animais mortos em países vizinhos, como a África do Sul. Esta semana um único traficante foi preso no aeroporto de Maputo com nove chifres.
O preço de chifres de rinocerontes supera o de metais preciosos como ouro e platina, por causa da demanda de países asiáticos, em especial China e Vietnã. Ele é considerado um poderoso remédio, apesar de ser feito de queratina, a mesma substância das unhas do ser humano. A medicina tradicional chinesa receita o chifre para uma gama de doenças que vai desde febres infantis e artrite a envenenamento e possessões demoníacas.
Knight explica que rinocerontes já foram dizimados em Moçambique no início do século passado, quando os animais também praticamente desapareceram da África do Sul, que hoje aloja 90% dos animais no continente africano.
Em 2002, os líderes de Moçambique, África do Sul e Zimbabwe concordaram em criar um parque transnacional em suas regiões fronteiriças, combinando 35 mil quilômetros quadrados de reservas estabelecidas como Parque Nacional Kruger, da África do Sul e o Gonarezhou, do Zimbabwe. O financiamento veio de várias organizações internacionais e da União Europeia.
Cerca de cinco mil animais foram transferidos da África do Sul para Moçambique, inclusive a primeira dúzia de rinocerontes em solo moçambicano em um século.
Mas em 2006, a África do Sul removeu 50 quilômetros de cercas entre o Kruger e o Limpopo, e a ideia era incluir mais dois outros parques moçambicanos, fazendo com que a reserva transnacional chegasse a mais de 100 mil quilômetros quadrados.
Estes planos estão ameaçados, bem como o parque Limpopo. Segundo Knight, há renegociações para reconstruir a cerca entre o parque e a África do Sul, porque os sul-africanos alegam ter perdido 273 rinocerontes somente este ano para a caça ilegal, e a maior parte foi morta por caçadores moçambicanos. Em 2012, caçadores ilegais mataram 668 rinocerontes .
A matança continua, com o número de animais mortos em ascensão, mesmo com a África do Sul apertando o cerco aos caçadores ilegais, usando soldados e forças policiais em todo o Kruger, um parque do tamanho de Israel.
Soto afirmou que o governo moçambicano está trabalhando desde 2009 em uma reforma das leis ambientais, que deve chegar ao parlamento em breve. Ela incluirá a criminalização da morte de animais selvagens e impor penas mais duras aos criminosos.
Mas até lá já será tarde demais para os rinocerontes de Moçambique.
Fonte : Ultimo Segundo IG 03/05/2013

Enquanto isso...
No Brasil calcula-se que cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados todo ano da natureza brasileira, principalmente aves. Apenas 4 milhões são vendidos, principalmente na Região Sudeste, onde se concentra a demanda por animais traficados. O restante acaba em gaiolas, é solto ou morre vítima do tráfico ou maus tratos. Aprisionar ou vender animais silvestres é uma prática ilegal, mas comum em todo o Brasil.
O comércio ilegal de vida silvestre é estimulado pela procura de zoológicos e colecionadores, petshops e indústrias e também para pesquisa e biopirataria. As redes de escoamento de animais silvestres adotam métodos semelhantes aos usados por traficantes de drogas, armas e pedras preciosas para falsificar documentos, subornar, sonegar impostos e definir rotas de transporte nacional e internacional.

Não contribua com o tráfico de animais silvestres,
Denuncie: 
http://www.renctas.org.br/pt/informese/denuncie.asp

Política de Direitos Autorais

Este blog respeita os direitos autorais e busca citar sempre as fontes de onde foram retirados os textos e imagens. Peço a gentileza que avisem caso ocorra alguma violação dos direitos autorais.